O
uso do hífen se constitui uma das maiores dificuldades para aqueles que redigem
textos na língua portuguesa.
Quando
estamos redigindo um relatório ou um texto qualquer, invariavelmente, surgem
dúvidas relacionadas ao seu emprego, fato que contribui para a perda do foco do
redator que se vê obrigado a pesquisar sobre o emprego do hífen, pois o
corretor ortográfico do Word pode não detectar erro nas palavras que devem ser
hifenizadas.
Agora,
em relação a pergunta, a resposta é sim.
Neste
caso, aplica-se a mesma regra para a hifenização da palavra data-limite.
As
regras de hifenização têm muitas exceções, mas repare que, no caso, trata-se de
dois substantivos (o quadro, o resumo), e o segundo (o resumo) qualifica o
primeiro (o quadro).
Outros
exemplos dessa regra são:
palavra-chave,
data-base,
escola-modelo,
etc.
Evanildo
Bechara, em seu consagrado livro Moderna Gramática Portuguesa, 37ª edição, de
2009, quando trata da hifenização das palavras compostas, apresenta a seguinte
regra, na qual a palavra quadro-resumo se insere:
Emprega-se o hífen nos compostos sem elemento
de ligação quando o 1.º termo, por extenso ou reduzido, está representado por
forma substantiva, adjetiva, numeral ou verbal:
ano-luz,
arco-íris,
decreto-lei,
és-sueste,
joão-ninguém,
médico-cirurgião,
mesa-redonda,
rainha-cláudia,
tenente-coronel,
tio-avô,
zé-povinho,
afro-asiático,
afro-lusobrasileiro,
azul-escuro,
amor-perfeito,
boa-fé,
forma-piloto,
guarda-noturno,
luso-brasileiro,
má-fé,
mato-grossense,
norte-americano,
seu-vizinho (dedo anelar),
social-democracia,
sul-africano,
verbo-nominal,
primeiro-ministro,
segunda-feira,
conta-gotas,
finca-pé,
guarda-chuva,
vaga-lume,
porta-aviões,
porta-retrato, etc.
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